Com frequência vemos ser utilizado o termo “patrimônio histórico”, para referir a um edifício ou cidade antiga. Então, qual a origem dessa associação direta entre patrimônio e história?


Isto surge à época do Renascimento (século XIV ao século XVI) quando ocorre uma revolução cultural e a concepção de monumento começa a ganhar outro sentido diante do reconhecimento da história e da arte de uma cultura distante mais de um milênio no tempo. Na Roma do século XV, os vestígios da Antiguidade greco-romana passaram a ser vistos como testemunhos da história e da arte, sendo identificados e estudados por um círculo restrito formado por historiadores, arqueólogos, etc.


Durante o século XVIII, diversos fatores contribuíram para reafirmar os conceitos de história e arte vinculados ao patrimônio. Como exemplo, cresceu a curiosidade sobre os monumentos da Antiguidade devido às descobertas arqueológicas em Herculano e Pompéia, cidades do Império Romano que foram soterradas devido a uma grande erupção do vulcão Vesúvio, no ano 79.


No entanto, um monumento não precisa ser tão antigo para conter a história. Edifícios da arquitetura moderna, edificados no século XX, são também testemunhos da mudança artística que esse movimento promoveu. É importante destacar que, além da história, o patrimônio é fonte que nutre a memória, a cultura, a arte, e dá identidade a um lugar.