Século XVIII

1709

Um documento registra a doação de um lote de terra situado na “estrada que vai para os Engenhos”. Tratava-se do início da formação da atual Rua das Trincheiras que, naquela época era caminho de saída da cidade, em direção ao sul, dando acesso para os engenhos da várzea do Rio Paraíba, seguindo até a Capitania de Pernambuco.

1710

Foi concluída a construção da Casa da Pólvora, apesar das limitações financeiras que retardavam todas as obras na capitania. Em poucos anos de uso, a casa da pólvora foi abandonada por demonstrar incompatibilidade entre o projeto e a função a que se destinava, pois tendo poucas aberturas a umidade e calor danificava a pólvora.

1729

Em 24 de Setembro, foi lançada a primeira pedra da Igreja de Nossa Senhora das Mercês. Edificada pela irmandade religiosa constituída pelos homens pardos, esta igreja foi um dos referenciais urbanos de maior significação na cidade do século XVIII, uma vez que definiu um espaço urbano próprio, o Largo das Mercês.

1759

Neste ano, a Companhia de Jesus foi definitivamente expulsa do Brasil, por não estar em sintonia com a política do Rei D. José. Quando partiram, deixaram na Cidade da Parahyba um conjunto arquitetônico constituído pela casa e colégio, a Igreja de São Gonçalo e o seminário. Tal conjunto, embora afastado do núcleo mais habitado da cidade, foi um fator de expansão da Rua Direita, em direção ao sul, e se beneficiou com a formação da “rua da ladeira”, que deu continuidade à Rua Nova.

1767

Estava em construção a igreja da irmandade dos homens “pardos” e cativos, feita sob a devoção de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Provavelmente, por pertencer a uma irmandade de cativos, foi edificada no arrabalde do Tambiá, afastado do núcleo principal da cidade, mas de fácil acesso, porque naquela direção seguia a “rua que vai de Sam Francisco para o caminho do Tambiá”, à margem do qual estava a igreja com seu pequeno largo.

1778

Foi concluída a igreja da Ordem Primeira de Nossa Senhora do Carmo no mesmo sítio da primeira igreja cujas obras foram interrompidas em decorrência da invasão flamenga.

1779

Após longos anos de obras, foi concluída a fachada da igreja dos franciscanos e, quatro anos depois, estava pronta a torre sineira.