Século XIX
1808
Construção do Quartel de Linha (atual sede do 1º Batalhão da Polícia Militar). A construção já estava iniciada no início do século XIX, pertencendo a uma Irmandade religiosa, sendo a obra concluída em 1811. Compreendiam dois prédios com linhas neoclássicas que foram unificados; no segundo funcionava uma enfermaria militar. Tendo também sediado a Assembléia Legislativa no início do século XX, na década de 1930, o conjunto foi adaptado para a linguagem Art Déco pelo arquiteto italiano Giovanni Gioia.
1810
Em 1810, chegou à Paraíba Henry Koster, um inglês de 25 anos, residente em Recife. Ele foi senhor de engenho em Itamaracá e empreendeu viagens pela região nordeste. Sobre a cidade da Paraíba, disse: “(...) tem aproximadamente dois a três mil habitantes, compreendendo a parte baixa. Há vários indícios de que fora mais importante que atualmente. Trabalham para embelezá-la mas o pouco que se realiza é à custa do Governo, ou melhor, por querer o Governador deixar uma boa lembrança de sua administração. A principal rua é pavimentada com grandes pedras mas devia ser reparada.”
1853
Construção do Tesouro Provincial (atual sede do Comando Geral da Polícia Militar). O prédio foi iniciado originalmente para sediar o teatro público, mas a construção foi interrompida por falta de recursos, sendo retomada mais tarde para destinar-se à função de Tesouro Provincial. O edifício foi concluído em 1868 com fisionomia neoclássica, sendo no início do século XX, reformado com a inclusão de mais dois pavimentos segundo a linguagem neocolonial.
1857
Início do governo do presidente Henrique de Beaurepaire Rohan. Foi o governante mais empreendedor que teve a Província, principalmente no que diz respeito à infraestrutura urbana. Engenheiro, governou a Parahyba até 1859; reformou o Palácio do Governo, retomou obras que estavam paradas, contratou dois engenheiros estrangeiros com quem havia trabalhado no Pará (Carlos Bless e David Poleman) e solicitou que levantassem a planta da cidade.
1873
Início da construção do Teatro Santa Roza, que se estendeu até 1889. Entre as primeiras casas de espetáculos do gênero inauguradas no país, o gracioso prédio neoclássico possui uma singularidade: foi construído com cimento da Fábrica Tiriri, instalada na ilha homônima no município de Santa Rita, PB. A fábrica foi pioneira na América do Sul a produzir cimento Portland.
1874
Construção da Escola Normal (atual Biblioteca Estadual Augusto dos Anjos), cujas obras se estenderam até 1886. Atendendo a estética neoclássica, a escola, devido ao crescimento de demanda, teve de ser transferida a posteriori para o prédio onde atualmente funciona o Palácio da Justiça, na Praça João Pessoa.
1889
Publicação da Monographia da Cidade da Parahyba, por Vicente Gomes Jardim. O documento constitui um importante registro para a história da cidade, sobretudo por contemplar todos os fatos históricos ocorridos na urbe.
1896
A implantação do bonde à tração animal foi um símbolo da modernidade, circulando pelos principais eixos viários da cidade da Parahyba à época, ligando em particular a cidade alta ao comércio na cidade baixa. Funcionou até 1916, quando foi substituído pelo bonde elétrico.