A palavra vem do latim monumentum, que por sua vez deriva de monere (advertir, lembrar), aquilo que traz à lembrança alguma coisa. No final do século XIX, os monumentos eram entendidos como obras realizadas com a intenção de manter a lembrança de ações, fatos, indivíduos que haviam marcado a história. Assim, eram denominados como MONUMENTOS INTENCIONAIS os arcos do triunfo, as pirâmides dos faraós, entre outras construções de mesma importância. Mas também havia aqueles monumentos que seriam conservados por se atribuir a eles algum valor, em particular, por suas qualidades artísticas ou significado para a história. Assim surgiu a ideia de MONUMENTO HISTÓRICO E ARTÍSTICO.


Até então se pensava em conservar apenas as maiores obras, ou seja, as obras monumentais, grandiosas, que tinham sido feitas pelos governantes, pela Igreja ou pelos mais poderosos. Mas com o tempo, se atribuiu valor às pequenas construções, vendo que todas elas registravam os diferentes momentos históricos, marcando cada época com seu padrão estético próprio, avanços tecnológicos e construtivos, entre outros. Observa-se que ocorre uma mudança na forma de valorizar a arquitetura que passa a ser progressivamente entendida como um documento de determinado tempo histórico, de uma sociedade, de um lugar. Esta mudança na definição de monumento abriu espaço para a delimitação dos centros históricos.